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HALF HOUSE

EN | The main concept that guides the project is based on dividing the residence in half, separating it into two volumes, social and private sectors. Both have full access and direct connection to the terrain, inserting and allowing great permeability between internal and external environments.


The two volumes are connected by the main corridor, a central core which is also characterized as the major access and transition point of the residence, providing the necessary comfort, functionality and harmony for all the spaces. A house with a minimalist concept, but with a strong architectural expression.

 

The design of the house as well as all interior spaces are conceived with a neutral palette of colors and natural materials, always prioritizing aesthetic purity, economy, and visual continuity. The open layout of the living area and the large horizontal openings maximize the relationship between the interior of the house and its contact with the surroundings. These openings enhance the natural ventilation to the internal spaces, while the automated system of the brise-soleil allows the control of the solar incidence.

 

Enhanced by the sunlight, the warm tones and the handpicked design are used to bring the maximum comfort to the space and its residents. The wood, concrete, furniture - the CH07 Shell Chair, designed by Hans J. Wegner, an architectural masterpiece, that brings more personality to the bedroom setting, placed in a spot where you can enjoy nature and silence.

 

When I started to create the Half House project, the main intention was always unity. In the perception of the spaces, in the use of materials and tones, in the quality of the furniture - even if volumetrically the architecture of the residence is the division of social and private sectors, the unification was always present.

 

As an architect with a restless and creative mind, I know the great importance of having a quiet and intimate place that allows me to focus on the work and do it effectively. The Half House office was created with these needs in mind. It is isolated from the rest of the residence's environments, giving privacy to those who use it.

 

This project allowed me to discover and reach methodologies of graphic representation that could transmit not only technical aspects of the projects I create but also all the essence behind them, all the feeling, all the art that a good architecture has.

Whenever I am producing an illustration I feel like I am a painter, with a blank canvas in front of me, thinking "what do I do now?", "what kind of painting do I want this to be?" or "what feeling do I want to convey?" As if each click of the mouse was a brush stroke on the canvas. This is the feeling that the illustration causes in me.

In these ones, in particular, the type of texture and the way they behave on the "canvas" translate the touches of each type of brush used, in the vegetation of the ground, in the mass of trees in the background, and especially in the color and appearance of the sky and its clouds. And in all of them I'm always impressed by how illustration brings an infinite freedom to the graphic representation of the architectural project.

One of the things I consider most interesting in a project is when architecture is able to cross its technical conception and enters a field of conceptual exploration through artistic illustrations. They help me to visualize the elements of architecture in a more abstract way, almost as a parallel reality. In other words, they give me the freedom to explore imaginary fields that is usually not possible through technical drawings or realistic renderings, also acting as a bridge that connects my rationality with my sensibility, uniting the architect with the visual artist into one. There are no creative limits in the visual arts.

In these illustrations my greatest desire was to represent the technical solutions of the architectural project in a poetic way, extending beyond the intimacy of the internal space to the amplitude of the external environment. Undoubtedly, one of the most sensitive works I have ever produced.


PT | O conceito principal que norteia o projeto baseia-se em dividir a residência ao meio separando-a em dois volumes, setor social e setor privado. Ambos com pleno acesso e conexão direta com o terreno, se inserindo e permitindo grande permeabilidade entre ambientes interno e externo.

Os dois volumes são conectados pelo corredor principal, núcleo central que também se configura como ponto de acesso e de transição da residência, proporcionando conforto, funcionalidade e harmonia necessários para todos os espaços. Uma casa com conceito minimalista, porém de forte expressão arquitetônica.

O desenho da casa, bem como todos os espaços interiores são concebidos com uma paleta neutra de cores e materiais naturais, sempre priorizando a pureza da estética, a economia e a continuidade visual. O layout livre da área social e as grandes aberturas horizontais maximizam a relação entre o interior da casa e o contato dela com o terreno. Estas aberturas potencializam a ventilação natural aos espaços internos, ao mesmo tempo que o sistema automatizado do brise-soleil permite o controle da incidência solar.

Otimizados pela luz solar, os tons quentes e o design escolhido a dedo são usados para trazer o máximo conforto ao espaço e a seus residentes. A madeira, o concreto, os móveis - a cadeira CH07 Shell Chair, projetada por Hans J. Wegner, uma obra-prima da arquitetura, traz ainda mais personalidade ao ambiente do dormitório, posicionada em um local onde se pode desfrutar da natureza e do silêncio.

No momento em que comecei a criar e desenhar o projeto da Half House, a principal intenção sempre foi a unidade. Na percepção dos espaços, na utilização de materiais e tons, na qualidade do mobiliário - mesmo que volumetricamente a arquitetura da residência seja a divisão de setores social e privado, a unificação sempre esteve presente.

Como um arquiteto de uma mente inquieta e criativa, sei da grande importância de se ter um local calmo e íntimo que me permita focar no trabalho e fazê-lo de forma efetiva. O escritório da Half House foi criado pensando nessas necessidades. Isolado do restante dos ambientes da residência, dando privacidade a quem for utilizá-lo.

Este projeto me permitiu descobrir e alcançar metodologias de representação gráfica que pudessem transmitir não apenas questões técnicas dos projetos que crio mas também toda a essência por trás deles, todo o sentimento, toda a arte que uma boa arquitetura possui.

Sempre que eu estou produzindo uma ilustração sinto como se eu fosse um pintor, com uma tela em branco na minha frente, pensando "o que eu faço agora?", "que tipo de pintura eu quero que essa seja?" ou "qual sensação eu quero transmitir?". Como se cada clique no mouse fosse uma pincelada na tela. É essa a sensação que a ilustração causa em mim.

Nestas, em específico, o tipo de textura e a forma como elas se comportam na "tela" traduzem os toques de cada tipo de pincel utilizado, na vegetação do solo, na massa arbórea ao fundo, e principalmente na coloração e aparência do céu e suas nuvens. E em todas elas fico sempre impressionado em como a ilustração traz uma liberdade infinita para a representação gráfica do projeto arquitetônico.

Uma das coisas que considero mais interessantes em um projeto é quando a arquitetura consegue atravessar a sua concepção técnica e entra num campo de exploração conceitual através de ilustrações artísticas. Elas me ajudam a visualizar os elementos da arquitetura de uma forma mais abstrata, quase como uma realidade paralela à nossa realidade. Em outras palavras, elas me dão a liberdade de explorar campos imaginários que geralmente não é possível através dos desenhos técnicos ou renderizações realistas, servindo também como uma ponte que une a minha racionalidade com minha sensibilidade, unindo o arquiteto com o artista visual em um só. Não há limites criativos nas artes visuais.

Nestas ilustrações meu maior desejo foi representar as soluções técnicas do projeto arquitetônico de forma poética, que se estendesse além da intimidade do espaço interno para a amplitude do espaço externo. Sem dúvidas, um dos trabalhos mais sensíveis que já pude produzir.

Private Residence | 2021 | 160m²

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